Sobre a forma inicial da peça não há muito a dizer: são sapatilhas de pano ou de pele, com design desportivo e uma sola anormalmente alta e de aspeto robusto. A magia, curiosamente, acontece nas interpretações que se fizeram a partir daqui.
Começaram por aparecer em looks informais, depois ganharam rebeldia e hoje até surgem em contextos de trabalho sem qualquer pudor. As sapatilhas chunky fizeram o esperado e o inesperado no mundo da moda e, contrariando todas as previsões, continuam em cena (e em alta) cinco anos depois de entrarem no circuito.
Sobre a forma inicial da peça não há muito a dizer: são sapatilhas de pano ou de pele, com design desportivo e uma sola anormalmente alta e de aspeto robusto. A magia, curiosamente, acontece nas interpretações que se fizeram a partir daqui.
Da sola à cobertura, tudo muda nas sapatilhas chunky
O recado das sapatilhas chunky foi bem recebido por estilistas profissionais e amadores: se é para ser rebelde, quebrem-se logo todas as regras. Em poucos meses, a simples sapatilha chunky derivou em dezenas de interpretações: solas, design, cores, estilo, tudo era e deixava de ser consoante a vontade de cada um.
Hoje circulam, pelas ruas do mundo, sapatilhas chunky com solas esquinadas e redondas; com designs discretos e agressivos; com cores neutras e vibrantes; com coberturas simples de pano ou elaborados trabalhos de pele.
É aqui que reside a beleza das sapatilhas chunky: tudo pode ser, tudo pode acontecer, tudo pode ser usado. Por ser uma peça de excessos, nada parece ficar-lhe em demasia.
Da high street para a haute couture
Numa fase inicial, as sapatilhas chunky marcavam um estilo mais popular, quase street style. Eram despretensiosas, informais, toscas, tão desinteressadas que quase se tornavam desinteressantes.
Foi a adoção do estilo por marcas de relevo no mercado - em particular as marcas de desporto, como aconteceu com as sapatilhas chunky adidas - que trouxe o modelo para um patamar superior ao utilitário. As solas altas deixavam de ser sinónimo de preço baixo e começavam a marcar um estilo. Foi uma questão de (pouco) tempo até o modelo aparecer noutras prateleiras, quer da fast fashion, quer do mercado de luxo.
Hoje, as sapatilhas chunky são ubíquas. Encontram-se em retalhistas de baixo preço como em lojas não especializadas, em lojas de desporto e em ateliers de alta costura - cada um com a sua interpretação do modelo e do papel que ele desempenha num conjunto.
Combinações (des)regradas
Tal como podem ser reinterpretadas vezes sem conta, as sapatilhas chunky podem ser combinadas de formas mais ou menos previsíveis.
Em geral, as opções mais seguras são os conjuntos de calças de ganga com camisola grossa, os vestidos midi, ou o universal conjunto de ganga com top.
No entanto, outras variações têm sido apresentadas. Já se vê sapatilhas chunky com calções; com saias curtas; com vestidos evasé; até com blazer ou fato de calças.
Em todas as situações, o cuidado está na escolha da sapatilha e da interpretação que dela se faz: os modelos mais simples são mais fáceis de combinar com peças menos previsíveis (como o blazer), enquanto os modelos mais arrojados toleram bem um conjunto totalmente informal.
Modelos de sapatilhas chunky
Por terem sido representadas em praticamente todos os níveis do mercado da moda, as sapatilhas chunky existem para todos os estilos, gostos e carteiras. Selecionamos algumas para referência.
Converse Run Star Hike
adidas Ozelia
Reebok Legacy
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