Influencers digitais e a arte de vender sem vender
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28 Maio 2021

Influencers digitais e a arte de vender sem vender

Influencers digitais e a arte de vender sem vender

É inevitável: todos nós já ouvimos falar ou nos referimos à palavra “influencer”. Mas será que esta é uma palavra com conotação negativa ou positiva? São estes considerados profissionais na arte de vender sem vender?


De acordo com o “Influencer Marketing Hub”, um influencer é alguém que “tem o poder de afetar a decisão de compra através da sua autoridade, conhecimento, posição e/ou relacionamento com o seu público”.


Nos dias que correm, os influencers digitais são em grande maioria - os que usam a internet (redes sociais, blogues e outras plataformas) para agregar uma comunidade e influenciá-la no consumo de marcas e produtos. Somos, direta ou indiretamente, influenciados por eles e acabamos por nos guiar pelas tendências que nos apresentam. Quer seja no mundo da moda/roupa, no fitness ou através da partilha de uma vida mais casual, todos seguimos alguém que nos inspira de alguma forma.


DE QUE FORMA TRABALHAM OS INFLUENCERS



Engane-se quem acha que o trabalho de influencer é apenas atualizar o perfil das redes sociais com conteúdo apelativo. O trabalho de um influencer vai mais além do que a criação de conteúdos digitais... O criador/influencer tem de encontrar uma voz, uma personalidade para “vestir” em público e conquistar o seu público-alvo.

A construção da personalidade é um dos pontos mais críticos da atividade de um influencer, já que os valores que ele defende vão ditar, mais tarde, com que marcas e públicos se vai identificar mais.
Depois de conseguir agregar à sua volta uma comunidade com um perfil mensurável, o influencer tem de garantir uma produção de conteúdos que seja regular e relevante, por forma a manter a audiência envolvida mas também para ter espaço de enquadramento para os patrocínios futuros.


COMO FUNCIONAM AS PARCERIAS DOS INFLUENCERS COM AS MARCAS




Marcas e influencers variam na preferência pelo tipo de parceria. Ainda assim, podemos dividir as parcerias de influência digital em três categorias: exclusividade, limitada no tempo e ocasional.


As parcerias de exclusividade implicam que o influencer não promova outras marcas além daquela com quem assina o contrato. A limitação pode aplicar-se a todos os contratos publicitários (o influencer não pode dar a cara por mais nenhuma marca) ou só a um segmento de produto.

As parcerias de tempo limitado incluem, grande parte das vezes, ações de co-branding, em que marca e influencer juntam os nomes para produzir um produto de edição limitada ou uma coleção única. Um exemplo recente é a parceria recente entre a Reebok e a Cardi B, que deu origem a uma coleção especial assinada (e promovida) pela artista.

As parcerias ocasionais baseiam-se em ofertas e convites únicos que as marcas fazem aos influencers para promoverem um produto específico. Esta é a modalidade mais comum, uma vez que nem a marca fica “presa” a um só influenciador, nem os influenciadores perdem a oportunidade de estabelecer parcerias um pouco por todo o mercado.



MEDIR A RELEVÂNCIADOS INFLUENCERS


Há muito que a relevância dos influencers deixou de ser medida pelo número de seguidores nas redes sociais ou pelos “gostos” deixados nos posts. Hoje as marcas recorrem à estratégia dos 3 R’s - reach (alcance), ressonance (ressonância), e relevance (relevância) para avaliar o potencial de uma parceria de influência digital.

E o que quer isto dizer? Nós explicamos.


1. Alcance

Entende-se que o potencial de alcance de um influencer seja proporcional ao número de seguidores, embora não seja limitado a ele. Para a marca, um grande alcance promete traduzir-se num impacto alargado junto do público-alvo.


2. Ressonância


A ressonância é o “eco” do conteúdo, ou seja, o quanto ele é comentado e partilhado depois da publicação. Na verdade, a ressonância diz mais sobre o potencial dos influencers do que o número de seguidores: se cada seguidor partilhar o conteúdo pelo menos uma vez, não só o alcance duplica como a credibilidade da marca sai reforçada (o público confirma o que o influenciador diz e ajuda a garantir a qualidade do produto).

A ressonância também ajuda as marcas a diferenciar os influencers com seguidores reais dos que compram seguidores, já que os bots não interagem com os conteúdos.


3. Relevância

De pouco importa ter muitos seguidores se o conteúdo não for relevante para eles. Além disso, as marcas procuram influencers que falem diretamente para o seu público-alvo (daí a importância de construir bem a personalidade antes de começar uma carreira de influencer).

Com esta métrica, as marcas percebem se o conteúdo habitual daquele influencer condiz com os valores da marca e dos consumidores que ela quer conquistar. E, se assim for, avançam com o negócio.



VULNERABILIDADES DO MARKETING DE INFLUÊNCIA


Apesar de todas as vantagens que se conhecem das parcerias entre influencers e marcas, também há riscos na associação de personalidades. Um dos maiores riscos está relacionado com o comportamento dos influencers, que não pode, de forma nenhuma, contradizer os valores defendidos pelas marcas.


Outra desvantagem é que, uma vez terminado o contrato de parceria, a marca perde a “cara” e é mais difícil encontrar um novo influencer que tenha o mesmo impacto que o primeiro.


Finalmente, e nos casos em que não está em causa a exclusividade dos influencers, há que considerar as outras marcas para quem eles trabalham e de que forma elas podem influenciar a perceção que o público tem da nossa marca, já que todas conviverão em torno de uma só personalidade pública.



Trendsetters: Somos nós influenciados diariamente por eles?


Os “Trendsetters”, como o próprio nome indica, marcam e ditam tendências. Neste caso, servem de referência a um público maior, antecipando aquilo que estes vão querer consumir brevemente.

E quais as tendências atuais no mundo da moda? Quais são as roupas que todos querem ter e aquelas por quem todos suspiram ao ver os influencers vestidos com elas?

Amplamente publicitada pelos influenciadores digitais. É o caso da “Athleisure”, que diz respeito ao conforto, acima de tudo. Responsável por um número crescente de adeptos, esta tendência refere-se a um conceito moderno, onde é possível vestir-se de forma atual e na moda estando, ao mesmo, totalmente confortável. Quer seja em casa, na sua rotina diária, em viagem ou no trabalho, existem opções para todos os gostos e não é preciso ser um expert para saber como conjugá-las. 

Outro exemplo da influência deste tipo de marketing são as sapatilhas chunky. Este tipo de calçado, muito visível nas redes sociais e usado por inúmeros influencers, faz suspirar todos aqueles que as vêem deslizar no feed, por serem estéticas, diferentes e, sobretudo, intemporais. E, boa notícia: existem inúmeras opções maravilhosas!




Esta é uma profissão que veio para ficar


Esta é uma profissão que tem ganho cada vez mais terreno e merece todo o mérito. Os influenciadores digitais, conhecidos internacionalmente como “influencers” dedicam várias horas do seu tempo na produção, planeamento e agendamento do conteúdo, pelo que devem ser respeitados como todos os outros trabalhadores. 


Num mundo cada vez mais digital, deixemo-nos influenciar pelas coisas boas da vida! O importante, claro, é sabermos pensar por nós, ainda que positivamente influenciados e sabermos distinguir o bom e o mau marketing.




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